sábado, 28 de maio de 2011

Os fosfatos brasileiros e a importância de Paulo Abib Andery

As primeiras fábricas de ácido fosfórico no Brasil foram projetadas para usar fosfato da Flórida (EUA) ou de Marrocos.
Dispunha o Brasil de fosfatos de baixo teor que não tinham sido estudados em plantas pilotos, menos ainda em produções em escala comercial, pois seu beneficiamento era "difícil".
Professor da Engenharia de Minas da USP, o Professor Paulo Abib (*1922, Pouso Alegre - MG, +1976, São Paulo) trabalhou para a Serrana em Cajati e em 1961 desenvolveu um método de flotação (usando amido modificado como depressor do carbonatito e sais de ácidos graxos como coletor de apatita).
Esse métdo seria depois replicado (sem royalties) para os fosfatos mineiros e goianos, permitindo o nascimento da Fosfértil (ex Valefértil), o desenvolviemtno da Arafértil e da Copebrás.
Também foi aplicado em corpos minerais semelhantes na África, Europa e Américas.
Empreendedor, o Professor fundou e geriu duas grandes empresas (a Paulo Abib Engenharia e a EIM), que chegaram a ter mais de 500 funcionários, e contar com centenas de pessoas de nível superior.
O Professor partiu prematuramente (devido a um câncer de fígado), mas deixou um legado cultivado pelos técnicos da área.
Com justiça, um busto seu em bronze adorna a entrada do Departamento de Engenharia de Minas da Poli-USP. Seu nome é também lembrado em grêmios estudantis em Minas Gerais e no Rio Grande do Norte e nas associações de classe tanto dos Engenheiros de Minas quanto da Indústria Brasileira de Fertilizantes.

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