segunda-feira, 8 de julho de 2013

Anglo American wants to sell Copebrás again

Anglo American põe seus fertilizantes de volta no balcão
Procura-se desesperadamente o futuro da Anglo American Fosfatos, a antiga Copebrás. Nem mesmo Ruben Marcos Fernandes, presidente da divisão de fertilizantes da Anglo American no Brasil, se arrisca a fazer uma aposta. O próprio executivo foi pego no contrapé com a notícia que veio de Londres: os ingleses decidiram retomar o processo de venda da subsidiária.
O mandato, inclusive, já estaria nas mãos de um banco de investimentos norte-americano. Desta vez, a operação envolveria não apenas a unidade de fosfato, mas também a operação de nióbio, leiase a controlada Mineração Catalão. É mais um capítulo de uma novela cheia de zigue-zagues em exibição há mais de quatro anos. Em 2009, a Anglo American decidiu se desfazer da Copebrás, mas, depois de quase dois anos em busca de um comprador, não apenas desistiu do negócio como alardeou a promessa de pedalar o crescimento da controlada.
Ao que tudo indica, não passou de uma sublimação psicoempresarial. Há muito que a operação de fertilizantestornou-se um estorvo para os negócios da Anglo American no país, sorvendo recursos que deveriam ser destinados ao seu core business, ou seja, a produção de minério de ferro, níquel e cobre. Consultada, a Anglo American garante que continua "a avaliar o potencial de expansão" da divisão de fertilizantes.
É bom que se diga que a antiga Copebrás está longe de seus piores momentos. No primeiro trimestre do ano, as vendas cresceram 25% no comparativo com janeiro-março de 2012. O índice deverá se repetir no balanço do semestre.
Hoje, a taxa de ociosidade é de 10% da capacidade industrial, a menor dos últimos cinco anos. Na fabricante de fertilizantes, a expectativa é que este índice seja reduzido à metade até o fim do ano, não obstante a retração da demanda. Os ingleses já acreditam que o faturamento da controlada possa bater nos US$ 800 milhões em 2013, contra os US$ 700 milhões previstos inicialmente. Esses números, contudo, não parecem encorajar os ingleses a permanecer à frente do negócio. No momento, a recuperação é um estímulo à venda da empresa, passo que a Anglo American não conseguiu dar nos tempos de entressafra financeira da controlada. Mas é difícil não acreditar que haverá uma reviravolta (Relatório Reservado, 27/6/13)

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