segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Projeto da usina de Itataia já em análise no BNB

A instituição deve financiar R$ 380 milhões. O investimento total previsto para a mina é de US$ 350 milhões.
Já se encontra em análise no Banco do Nordeste (BNB) o projeto executivo da Galvani para a exploração, em parceria com as Indústrias Nucleares do Brasil (INB), da reserva de urânio e fosfato na usina de Itataia, em Santa Quitéria. A instituição financiará o projeto com um valor de R$ 380 milhões. O investimento total previsto para a mina é de US$ 350 milhões (cerca de 665 milhões, considerando o dólar na cotação de R$ 1,90).
De acordo com a assessoria de imprensa da Galvani, o documento, que detalha como será todo o projeto, mostrando como serão utilizados os recursos, foi entregue logo após a assinatura da parceria com a INB, no fim de julho último (de 2009).
O banco possui um prazo de 60 dias, desde o recebimento do documento, para que possa avaliá-lo e anunciar a sua aprovação. Sendo aprovado, a liberação dos recursos é feita em, no máximo, 15 dias.
Impasse
O Projeto Santa Quitéria tem previsão para entrar em operação em 2012 (como já estamos no fim de 2011, melhor falar em 2014! Nota do editor). Fora o financiamento, ainda existe um impasse para o início das obras.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não reconhece a licença expedida pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace). A jazida tem seu urânio associado ao fosfato e já possui a licença para a exploração desse segundo elemento expedida pela Semace, mas esta documentação enfrenta o impedimento do Ibama. Apesar disso, o presidente da INB, Alfredo Tranjan Filho, afirmou, quando da assinatura da parceria, que as exigências do Ibama são normais para esse tipo de empreendimento. Ele garante que o problema
será resolvido.
3 mil empregos
O projeto de Itataia deve gerar cerca de três mil empregos, entre diretos, indiretos e associados, com a implantação das atividades básicas e de apoio que se instalarão na região.
A usina terá instalações funcionando de forma integrada, no que se refere à destinação da produção de cada unidade. As instalações serão compostas por uma Unidade de Extração Mineral, onde será lavrado, a céu aberto, o minério extraído da jazida, por um Complexo Químico de Fosfatados, constituída de seis instalações industriais (H2SO4, H3PO4, Extração de Urânio, mais três unidades de Fosfatos sólidos) com capacidade na fase inicial para 180.000 toneladas/ano de P2O5 e na fase final de 240.000 toneladas/ano.
A Unidade de Urânio, que visa à precipitação, embalagem e estocagem do urânio ; com capacidade inicial prevista para 1.200 toneladas/ano e capacidade final prevista para 1.600 toneladas/ano a partir do quinto ano — e por Unidades de Apoio e Utilidades.
O projeto foi entregue na última quinta-feira ao BNB e encontra-se em fase inicial de análise, segundo a assessoria de imprensa do banco.
Sérgio de Sousa - Repórter
Fonte: Diário do Nordeste

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